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Amor-Lar


Eu quero um amor descomplicado, onde não há joguinhos de desinteresse.


Eu quero alguém que não fique demorando para responder mensagens para não parecer interessado demais. Mas que responda sem pressão, alguém que pegue o celular e me responda sem nem perceber o que está fazendo.


Eu quero um amor natural. Que me faça abrir um sorriso quando ver aquele nome na tela.


Eu quero uma pessoa com quem sempre tenha assunto, onde não precisemos nos esforçar para achar algo que conversar. Os assuntos vêm e vão, e a gente sempre tem algo a dizer.


Mas eu também quero um amor em que o silêncio é confortável. Que possamos nos deitar juntos, apenas curtindo a companhia um do outro, num momento em que palavras não precisam ser ditas, mas que os gestos e carinhos falam tudo por si só.


Eu quero um amor que me faça sentir dor de saudades após uma semana sem nos vermos. Que cause um buraco no meu peito quando estamos distantes, mas quando nos encontramos, esse vazio todo é preenchido num abraço singelo e poderoso.


Eu quero um amor fácil. Eu quero um amor tranquilo. Eu quero um amor natural. Eu quero um amor que flua.


Eu quero alguém com quem possa ser eu mesmo sem precisar fingir ou me segurar. Alguém com quem possa rir sem medo de me acharem estranho, com quem possa acordar ao lado sem medo de mostrar minha cara matinal ou meu cabelo desgrenhado.

Eu quero um amor para onde eu possa voltar no final do dia e me sentir em casa. Eu quero…


Aaaah, eu quero um amor para chamar de lar.

 

Moro em São Paulo, sou membro da Sonserina e escrevo livros com protagonistas LGBT+. Autor de Caminho Longo e Graham - O Continente Lemúria. Fui finalista do prêmio PapoMix da Diversidade em 2014 com Graham - O Continente Lemúria e quero que minhas histórias ajudem a fazer um mundo melhor, mais empático e mais justo para as minorias.

 
 
 

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