Eu não sei você, mas eu não gosto muito de despedidas. Elas geralmente são tristes e melancólicas. Passam aquele sentimento de “fim”, sabe? De incerteza. Aquilo com que estamos acostumados está acabando, nunca mais iremos viver determinado momento, ver certa pessoa, estar em determinado lugar. É o fim de um ciclo e a abertura de um novo totalmente incerto.
No domingo, terminei de assistir à última temporada de (ué, mas ainda existia isso?) Supernatural. Eu nunca tinha parado para refletir, mas percebi que a série está comigo por quase metade da minha vida. Quinze anos atrás, quando eu estava no início da minha adolescência, vi uma propaganda em uma revista sobre uma série que estrearia no Warner Channel. Era sobre dois irmãos que caçavam monstros e fantasmas. Fiquei curioso desde que vi aquele pôster e desde então comecei a acompanhar a saga de Sam e Dean Winchester. Foi uma das primeiras séries que comecei a ver e, mal imaginava, que isso perduraria por 15 anos!
Eu fiquei tão envolvido com a família Winchester que eu já me sentia parte dela. Era como se Sam e Dean fossem meus próprios irmãos. Engraçado que minha personalidade é muito parecida com a do Sam em muitos momentos, e a do meu irmão mais velho com a do Dean, o que nos fazia “sermos” os personagens na vida real. Só não existia os monstros... ainda bem!
Supernatural foi tão parte da minha trajetória que meu primeiro livro publicado, “Graham – O Continente Lemúria”, tem algumas referências e leves inspirações na série. Os fãs mais fieis irão reconhecer esses momentos e as pequenas semelhanças em uma coisa ou outra entre o livro e o programa de televisão.
Como qualquer série que se estende por muito tempo, Supernatural teve lá seus altos e baixos. Algumas temporadas ou episódios não foram dos melhores, mas no geral, a série se tornou um marco, criou uma mitologia própria e marcou uma geração. Agora, no final de 2020, em meio a uma pandemia, a série chega ao seu final. O fim de uma era que valeu muito a pena. A estrada foi longa, mas cada parte da jornada valeu a pena. Obrigado, família Winchester e tantos outros personagens queridos que me renderam horas de diversão e muitas emoções! Sim, eu chorei igual uma criança em algumas cenas do último episódio!
Despedidas fazem parte da vida. Se você quiser conhecer um livro que passa por diversos momentos de despedida, perda, luto, superação, aceitação e fala sobre encontrar seu lugar no mundo, vem conhecer “Caminho Longo”, meu drama LGBT+. Você não será a mesma pessoa depois desse livro.
O autor - Vinícius Fernandes
Moro em São Paulo, sou membro da Sonserina e escrevo livros com protagonistas LGBT+. Autor de Caminho Longo e Graham - O Continente Lemúria. Fui finalista do prêmio PapoMix da Diversidade em 2014 com Graham - O Continente Lemúria e quero que minhas histórias ajudem a fazer um mundo melhor, mais empático e mais justo para as minorias.
Demais, Ana! Eu já estou querendo ver tudo de novo também! 🥺
A vontade de assistir tudo de novo, dessa vez até o final, só aumenta. Eu amo a família Winchester e tudo que ela me proporcionou 💛
Ju, já estou emocionado com seu comentário de novo! Supernatural já era parte das nossas vidas e agora é estranho saber que não teremos novos episódios. O final foi bem nostálgico e emocionante 💖
Lendo o seu texto me transportei para o primeiro episódio de Supernatural. E a nostalgia veio com tudo. Concordo plenamente que despedidas são difíceis, inclusive quando se trata de dois irmãos tão especiais quanto Dean e Sam, mas são necessárias, não é mesmo? Metade da minha vida acompanhei eles e foi difícil dar adeus. Temos que "carry on", mas confesso que maratonarei a séries algumas vezes. Será algo que passarei para meus filhos (além de friends, obviamente). Supernatural, em muitos episódios, foi um sopro de esperança, companheirismo e emoções. Que saudade já sinto!